domingo, 30 de agosto de 2009

Há uma nova Gripe, Cuidado!


De tempos em tempos o mundo sofre com a presença de novas enfermidades. Isso aconteceu com a gripe espanhola, a malária, dentre inúmeras outras doenças. Atualmente, há no mundo um novo vírus chamado de influenza A/H1N1. esse vírus foi batizado inicialmente por gripe suína, devida a presença do DNA do porco em sua composição.
Como vivemos em um mundo globalizado, onde as pessoas viajam por diversas países, logo a gripe, que havia aparecido no México, já estava no mundo todo, fazendo cada vez mais vítimas. de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) até 2010 serão quase 2 milhões de casos no mundo, e inúmeras vítimas fatais.
A Doença tem características semelhantes a gripe comum: Febre, coriza, mal-estar, cansaço e dores musculares, no entanto se difere pelos sintomas mais fortes: a febre acima de 39ºC e que não cessa com nenhum outro medicamento.
Atitudes de higiene ajudam na prevenção. Lavem bem as mãos e/ou as esterilize com álcool 70% ou em gel. deve-se também proteger as vias aéreas como o nariz e a boca, devido ao risco de contagio pelo ar.
Tomando as devidas precauções a gripe A/ H1N1 deixa de ser um "bicho de sete cabeças", e passa a ser parte do cotidiano. Se sentir os primeiro sintomas, procure uma unidade de saúde. Lembre-se: o principal inimigo da gripe é a informação.

domingo, 16 de agosto de 2009

Paulo Leminski - Texto


Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente.

Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular como um paradigma da primeira conjugação.

Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito assindético de nos torturar com um aposto.

Casou com uma regência.

Foi infeliz.

Era possessivo como um pronome.

E ela era bitransitiva.

Tentou ir para os EUA.

Não deu.

Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.

A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, conectivos e agentes da passiva, o tempo todo.

Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.

[In: Geraldi, João Wanderley (org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1999, Coleção Na sala de aula, p. 9]

sábado, 15 de agosto de 2009

Globo x Record



Não é de hoje que ambas as emissoras vivem em guerra, no entanto isso ficou explicito na última semana. Usando das acusações de lavagem de dinheiro da igreja universal, a rede Globo atacou diretamente a rede Record afirmando que o dinheiro tirado de fiéis era aplicado na emissora, o que, na minha opinião, não é uma grande novidade. Por outro lado, buscando a defesa, a rede Record acusa a Globo de desespero perante os números de avanço da Record, o que certamente ameaça o monopólio e a acusa também de manipular as informações para beneficio próprio, o que também, na minha opinião, não é uma grande novidade.
As armas usadas para a Batalha são quase como clones televisivos se degladiando. O Jornal nacional e o Jornal da Record gastaram quase que metade do seu tempo para acusar um a emissora adversária, enquanto o telespectador de casa chupava ambas as informações, tinha dor de cabeça e mudava para o SBT, onde tudo é mais simples de entender.
Se a emissora do senhor Abravanel resolvesse entrar na briga realmente ficaria muito interessante. Uma vez que, novamente na minha opinião, a tele Sena e o Baú são uma grande palhaçada criada para obter lucro para o SBT. Certa vez minha falecida vó comprou o tal carnê e pagou ele todinho, as 12 parcelas. Não foi sortiada, mas retirou em prêmios: um conjunto de copos.
Mas, voltando a guerra das bancadas. Do lado esquerdo vemos Bonner e Fátima, durinhos naquela bancada. Buscando passar realidade e vivacidade nas informações. Apenas buscando. Diante de desenhos e textos a Globo consegue mais pontos na guerra, sendo que um imagem fala mais que mil palavras aquela do gráfico que aparece escrito imensamente na tela REDE RECORD e uma seta para LAVAGEM DE DINHEIRO foi memorável. Do outro lado Ana Paula Padrão e Celso Freitas. Dois ex-globais talvez um pouco amargurados pela emissora platinada não ter dado a chance que mereciam, atacam. Vejo que Padrão esta visivelmente incomodada. Sou um grande fã dela e sei que uma mulher ética como ela não esperava atacar a emissora onde nasceu e cresceu como jornalista, mas ordens são ordens e se não obedecer o bispo manda todos você para o inferno.

APURANDO FATOS PÓS BATALHAS:
"Se Edir Macedo usa realmente o dinheiro do Dizimo para investir na rede Record, que ótimo. Cada vez mais a emissora vai se aprimorar. Ora, não sei pra que tanto desespero. Sei que é errado usar um dinheiro que seria usado para instituições em bens, mas ninguém tirou dinheiro de ninguém. Aquelas pessoas que aparecem nas reportagens da Globo doaram seus dinheiros pois são felizes assim. Qual é o problema? Como diz meu falecido Karl Marx; 'a religião é o ópio do povo'. Logo, pegue seu copo d'água e seu talão de cheque, e seja feliz!!!"

"Sabe essas coisas óbvias do capitão óbvio? 2 + 2 = 4. Drogas fazem mal. Não devemos falar com estranhos. A Globo manipula. Se tomar friagem fica resfriado e etc. São essas coisas que nem precisam ser ditas de tão claro que são. Não é de hoje que a emissora dos Marinho usa o poder que tem para manipular informações que serão usadas ao seu favor. Foi assim nas eleições de 89, quando derrubou a candidatura de Silvio Santos e fez Collor vencer, quando acusou Edir Macedo pela primeira vez em 95. Nas eleições de 2006 e o escândalo da mala com dinheiro da campanha Lula. Isso é uma coisa que não tem fim. Na verdade tem. Não engula (vamos desobedecer Collor) informações sem antes raciocinar . Pense!"

Bem, até os próximos capítulos!

domingo, 2 de agosto de 2009

Balada do aposentado



Depois de trabalhar toda uma vida
E descontar por mês do seu salário,
Ao ver aquela soma recolhida,
Saindo do seu bolso para o erário;


Reflete o brasileiro conformado:
"No fundo esse dinheiro volta um dia,
Isso é pra quando eu for aposentado"

Mas saibam da verdade nua e fria:
Hoje, não há mais quem se aposente
Como se aposentava antigamente.

Por onde andam os bancos de praça
Onde os velhinhos contavam vantagem?
Já perderam de vez a sua graça,
Viraram camas para a vadiagem.

Se agora vai à rua o aposentado
E escapa aos golpes de uma patinete,
Acaba seu passeio injuriado,
Sendo assaltado por algum pivete.

Onde andarão as mesas das esquinas
Tão freqüentadas por nossos avós,
Que, enquanto olhavam pernas das meninas,
Jogavam damas, cartas, dominós?

Viraram bocas de fumo, e o bondoso
Senhor que ali ficar na contramão,
Além de ser carente e bem idoso,
Ainda leva fama de doidão.

E as praias em que a areia, o sol e o sal,
Num mágico e perfeito sintetismo,
Curavam de uma forma natural
Lumbago, asma, tosse, reumatismo?

Agora, ao freqüentar um balneário,
Corre risco de vida o ancião:
Lá vai ao longe o afoito octogenário
Levado pela turba do arrastão.


Hoje, não há mais quem se aposente
Como se aposentava antigamente.

E quando além de tudo ele ainda pensa
Que a aposentadoria é uma benesse,
Descobre em sobressalto pela imprensa
Que vai ter que brigar com o INSS,

Pois quando tudo indica que é direito
Os cento e quarenta e sete por cento,
Lhe dizem logo na raça e no peito
Que nunca ele verá tamanho aumento;


É certo que ministro, funcionário,
Deputado com oito anos de plenário,
Senador ou chefes de secretaria
Têm outro tipo de aposentadoria,
Que vai ser paga, é claro com o dinheiro
Do pobre aposentado verdadeiro.


São os únicos, não há dúvida, minha gente,
Que se aposentam igualzinho a antigamente.

Jô Soares. Revista Veja,ano XXV, n. 18,
29 abro1992.